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Max

(N. 20 janeiro, 1918 - M. 29 maio, 1980)

Maximiano de Sousa nasceu a 20 de Janeiro de 1918, na Ilha da Madeira - Funchal

Estreando-se em 1927 na "Praia Oriental" no Funchal, local onde também actuava, à data, a fadista Maria do Carmo Torres, Max, nome artístico pelo qual ficaria célebre, manteve-se activo como profissional até ao ano de 1980.

Com apenas dezanove anos de idade exercia a profissão de alfaiate mas o ofício nunca o afastou das cantigas. Em 1944 profissionalizou-se e, dois anos mais tarde, viria para Lisboa como vocalista do conjunto de Tony Amaral.

Autor de músicas de grande sucesso como "Pomba Branca, Pomba Branca" e "Porto Santo", entre outras, Max distinguiu-se também pela sua interpretação de fados numa expressão muito própria, mesmo inconfundível, dando voz a fados de Lisboa e Coimbra.

Em 1944 actuou na inauguração do restaurante-dancing Flamingo onde permaneceu durante uma época. Dois anos mais tarde, como vocalista e baterista do conjunto de Tony Amaral actuou no Club Americano e no Nina onde se manteve durante dois anos.

Apoiado pelo empresário Fred, a sua projecção artística só viria a verificar-se quando participou nos espectáculos da APA, no Cinema Éden.

A partir de então, cantou de norte a sul do País em espectáculos que o tornaram popular com a interpretação de canções humorísticas como "A Mula da Cooperativa" e o "Magala 31", ou de carácter mais folclórico como o "Bailinho da Madeira", boleros, entre outras.

Actuou na Emissora Nacional e noutras estações emissoras, gravou discos, participou em várias revistas como "Saias curtas" (1953), "Fonte Luminosa" (1956), "Elas são o espectáculo" (1963), "Pão, pão… queijo, queijo…" (1967), "Grande poeta é o Zé" (1968) e "Peço a palavra" (1969), e no filme "Bonança & Cª" (1969).

Cumprindo várias digressões ao estrangeiro, Max participou nos Estados Unidos num programa de Grouxo Max na NBC, actuando em clubes de Hollywood e de Nova Iorque, no Brasil, Argentina, Venezuela, Espanha, Alemanha, África do Sul e Austrália.

O último programa de televisão em que participou foi no " Zip-Zip ", em 1969.

Em 1979 foi homenageado pelo Governo Regional da Madeira, vindo a falecer em 1980.

 

  • Fado da Meia Noite Max (Fernando Teles / Reynaldo Varella)

Programa | Program Luso, 1954, p.3