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Júlio Duarte

(M. 4 setembro, 1943)

Irmão de Alfredo Duarte (Marceneiro), Júlio Duarte nasceu em Lisboa, na freguesia de Santa Isabel. Exerceu a profissão de manufactor de calçado.

Júlio Duarte começou a cantar o fado aos 14 anos, como amador, no Centro Republicano Miguel Bombarda. Cantou-o ainda em várias "veladas sociais", academias recreativas, festas de beneficência e em todos os retiros fadistas de então.

Estreou-se como profissional em 1928, e num reconhecimento do seu já distinto percurso artístico apresenta-se nas Cervejarias “Jansen”, “Boémia”, “Rosa Branca”, “Chagas” e “Vitória”. Nos Cafés “Portugal”, “Mondego”, “Sul América”, “Anjos” e no “Júlio das Farturas”. Paralelamente, Júlio Duarte cantou também no “Solar da Alegria”, no Salão Artístico de Fados, “Retiro da Severa”, “Luso”.

Passou também pelos teatros “Capitólio” e “Joaquim de Almeida”, pelos clubes “Tauromáquico”, “Olímpia”, “Montanha”, “Patos” e “Alhambra” e actuou nos cinemas “Europa”, “Jardim Cinema”, “Cine-Paris” e “Royal”.

Saliente-se que, a par das apresentações na cidade que o viu nascer, Júlio Duarte teve a oportunidade de percorrer a zona envolvente de Lisboa, cantando nos teatros do Barreiro, Seixal, Montijo, Setúbal (uma época inteira), Torres Vedras, Malveira, Quinta do Anjo, Torres Novas, Caldas da Rainha, Mafra, Cadaval, Figueira da Foz, Abrigada, Cascais, Estoril, Moita, Parede, Paço de Arcos, Alenquer, Feiteira, Merceana e Benavente.

Face à demonstração de qualidade artística, Júlio Duarte cantou também nas casas particulares do Conde da Torre, do Conde de Sabrosa, e na herdade do lavrador Palha Blanco.

Destaque para as suas participações nas rádios Luso, Graça, Peninsular e na Emissora Nacional.

Júlio Duarte foi autor de várias músicas para fado, destaque para: “Combatentes”, “Crença”, “Fado da Paz”, “Fado da Aldeia”, “Fado Marcha”, “Lágrimas”, e “Fado Luso”.

Morreu prematuramente em 04 de Setembro de 1943.

 

Fonte:

Machado, A. Victor (1937) “Ídolos do Fado”, Lisboa, Tipografia Gonçalves