Conheça melhor:

Maria Valejo

(N. 30 março, 1944)

Filha de Joaquim Garcia Valejo e Dulce Rosado Valejo, Maria Joana Rosado Valejo nasceu a 30 de Março de 1944, em Reguengos de Monsaraz. Desde jovem que se interessa pelo Fado que canta em família.

Contra a vontade da sua família vem para Lisboa aos 17 anos, e ingressa no Centro de Preparação de Artistas da Emissora Nacional.

Por iniciativa do locutor e empresário Marques Vidal, profissionaliza-se e conhece a dupla Eduardo Damas e Manuel Paião, nomes decisivos no percurso da sua carreira, e que assinam grande parte do êxitos interpretados por Maria Valejo, compostos essencialmente por Fado-canção e Fado-castiço. Para o efeito, apresenta-se nas principais casas típicas de Lisboa, designadamente no "Timpanas", "Painel do Fado", "Taverna D´El Rei" de que foi proprietária, e mais recentemente pelo "Faia".

Maria Valejo actua também em espectáculos no cinema Condes, nas principais colectividades da cidade e em espectáculos transmitidos pela televisão. A sua versatilidade proporciona-lhe a entrada no teatro de revista no Parque Mayer e a convite de José Miguel estreia-se na "Zona Azul", ao que se segue "Roupa na Corda", e "Vivo Velho 2". Um sucesso foi a participação na revista itinerante "Com paio e sem laranjas" ao lado de Joel Branco.

Maria Valejo percorre o país de norte a sul, em espectáculos que apresenta a solo ou integrada com outros artistas, e no Brasil, obtêm grande êxito, com espectáculos esgotados no "Lisboa à Noite" (Rio de Janeiro). Curiosamente, a fadista torna-se notada pelo guarda-roupa que enverga: saias curtas e o abandono do característico xaile, ficando conhecida como a "fadista da mini-saia"!

Reunindo todas as condições para uma artista de sucesso, Maria Valejo é convidada para gravar, pela editora Alvorada, nos anos de 1967 e 1972. A Movieplay edita em 1993 o CD "Os Maiores Sucessos", e em 1997 a fadista integra a colecção "O Melhor dos Melhores", que destacam os sucessos, "Como posso ter ciúmes" e "O segredo que eu te disse" de Manuel Paião e Eduardo Damas.

Em 2007, Maria Valejo é distinguida com o Prémio Carreira na categoria de Intérprete, atribuído pela Casa da Imprensa.

  • Mandei a Saudade Embora Maria Valejo (Domingos Silva / Jorge Fontes)