Cristina Clara

Cristina Clara estreia-se no ciclo Há Fado no Cais para apresentar o seu primeiro disco: Lua Adversa.

Cristina Clara nasceu no Minho, em Vila Nova de Famalicão, e durante vários anos dividiu-se entre a música e a enfermagem. Cresceu entre as canções tradicionais que a mãe lhe cantava e cedo se revelou amante de poesia e das artes performativas. Integrou o Grupo de Teatro de Letras de Lisboa e, em 2008, aceita o convite para interpretar uma jovem cantadeira na peça O Canto da Rosa. É nessa altura que Marco Rodrigues a desafia para cantar no Café Luso, no Bairro Alto.

Em 2021, nasce o seu primeiro disco de estúdio, Lua Adversa, nome certeiro para um disco feito de estórias tornadas fados e chorinhos. Um trabalho que conta com temas revisitados e composições originais que refletem o seu olhar contemporâneo sobre a tradição, juntando músicos com raízes no jazz e na música popular portuguesa e brasileira. O primeiro single — Lua — reflete este abraço cultural, com forte inspiração na obra da poetisa brasileira Cecília Meireles, que motivou Cristina a escrever a letra do tema. A cantora assina também a letra do original Um dia hei-de inventar e do Novo Fado da Melancia, uma homenagem a Hermínia Silva.

O repertório de Cristina Clara move-se entre a nostalgia e o humor presente na poesia do fado e também da canção popular brasileira.  Reúnem-se neste disco guitarra portuguesa, guitarra clássica, bandolim e cavaquinho brasileiros, baixo acústico e baixo elétrico, flauta transversal, piano e as percussões tradicional portuguesa e brasileira como paisagem sonora em alguns temas. Uma multiplicidade que representa as fases da lua e também as várias facetas da identidade artística de Cristina Clara.


Cristina Clara Voz e Percussões
José Manuel Neto Guitarra Portuguesa
Pedro Loch Guitarra Clássica
Edu Miranda Bandolim
Rolando Semedo Baixo

Foto: ©Daryan Dornelles

Co-produção: Museu do Fado / Egeac e CCB